Saiba o que significa spread e qual a relação dele com os juros que você paga ao fazer empréstimos ou financiamentos e transações. 

Uma dúvida comum é sobre do modo como os bancos ganham dinheiro. E a resposta é simples: o spread!

Ainda que pareça um termo complexo, entender o spread é simples e deixa um pouco mais claro como é a lógica de funcionamento de uma das partes mais importantes do mercado financeiro: as instituições bancárias tradicionais e os investimentos ligados a elas.

O spread bancário tem a ver com os juros que você paga quando precisa de um empréstimo e com quanto você lucra quando decide investir. Entender sobre isso é essencial.

Quer saber mais sobre esse conceito e como ele impacta a sua vida financeira e seus investimentos? Confira tudo sobre o assunto neste artigo.

O que é spread bancário?

Por definição, spread bancário é a diferença entre os juros que os bancos pagam quando você investe seu dinheiro, por exemplo, ao colocar suas economias na poupança ou aplicá-las em produtos de renda fixa, e os juros que os bancos cobram quando você faz um empréstimo ou um financiamento, para quitar dívidas ou adquirir bens.

A grande polêmica que envolve essa operação está justamente no fato dessa diferença entre o que o cliente recebe ao investir e o que ele paga ao tomar dinheiro emprestado ser, aparentemente, exagerada à favor do banco.

É por esse motivo que o spread bancário é visto como vilão por tantas pessoas. No spread bancário estão embutidos uma série de custos que não são visíveis ao cliente e que, no fim das contas, sustentam toda a estrutura da economia.

Como é calculado o spread?

Além da diferença entre a remuneração que o banco paga para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o dinheiro, cinco grandes custos estão embutidos e formam o spread, interferindo em seu valor final. São eles:

1. Inadimplência

Como o Brasil é um dos países com as mais altas taxas de inadimplência, a instituição financeira que irá oferecer crédito precisa contar com uma espécie de “margem de segurança”, em caso de não receber de volta ao seu caixa o valor emprestado. 

O risco do não recebimento acaba entrando na composição do spread bancário. Por isso, muitos bancos atribuem a esse fator o elevado spread brasileiro. 

2. Lucros

Instituição financeira não faz caridade. Ou seja, qualquer banco, cooperativa de crédito, fintech ou banco digital que ofereça crédito precisa remunerar os empresários e os acionistas que investem na empresa. Precisam de lucro. Este lucro, portanto, também integra o spread.

3. Impostos diretos

Os tributos influenciam bastante na formação do spread. Os impostos considerados no spread são: Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre os lucros da instituição,  Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), que são cobrados sobre a receita total. 

O Imposto sobre Operação Financeira (IOF) é pago diretamente pelo cliente e, segundo os bancos, esse é o imposto que ajuda a reduzir o rendimento do aplicador e a encarecer o custo para o tomador

4. Compulsório e encargos

O depósito compulsório é um dos instrumentos que o Banco Central usa para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Trata-se de uma determinação legal, obrigatória a todos os bancos comerciais e outras instituições financeiras. Esse depósito é referente a parte das captações em poupança, depósitos à vista e depósitos à prazo.

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) recolhe 0,0125% do valor dos depósitos totais das instituições filiadas. É um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar, até um limite determinado, os recursos mantidos em uma instituição financeira em caso de falência ou liquidação.

Os dois, compulsório e FGC, também estão embutidos no spread.

5. Custo administrativo

Os gastos de operação, como segurança, agências, caixas eletrônicos, salários, aluguéis e outros serviços necessários para as instituições financeiras existirem, também entram na conta do spread.

É por isso que alguns serviços de empréstimo e financiamento oferecidos por bancos digitais e fintechs acabam sendo mais baratos, com juros menores dos que os oferecidos pelos bancos tradicionais

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